quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Brasil sem porto seguro

O nosso País vive o mais longo período de Democracia, 32 anos, 1985/2017, após 119 anos da Proclamação da República. Hoje está o Brasil diante de um futuro incerto. E o que mais impressiona? A indiferença de uma classe política governante, corrupta, antipatriótica e sem um mínimo de reflexão às necessidades básicas dos brasileiros. Sejam eles empregados da iniciativa privada ou pública, civis ou militares; aposentados ou pensionistas. A degradante crise ética e moral causa indignação. Sai governo e entre governo assaltando cofres públicos e a sociedade refém das “organizações criminosas, com ou sem gravata”. Esse momento pode nos levar a uma nova crise institucional e de futuro previsível à Democracia.
A Ordem e o Progresso estão no brejo da incompetência e da falta de compromisso patriótico. A crise financeira que afeta o País deixa a sociedade mercê dos marginas e da falta de recursos para investimentos, não só na saúde, mas em todos os setores essenciais à vida dos brasileiros e a corrupção é a causa. Esse mal desvia bilhões de reais. Fazer política deveria ser lutar pelo bem comum. Não defender enriquecimento ilícito de gestores públicos e de empresários desonestos. Injustiça vira vulcão em erupção; vira indignação nas Polícias do Espirito Santo e de todo o País e no seio dos servidores públicos e da iniciativa privada. Exceção, na cúpula dos três Poderes Constituídos desta República, onde também não existe projeto nacional de governo. Todo plano é emergencial e transitório. Assim nos presídios, nas secas nordestinas e nas anunciadas reformas sem fim.
De Sarney a Temer, as reformas previdenciárias não trouxeram um único beneficio para os trabalhadores, mas somente para os corruptos e corruptores. Para o assalariado, exclusão de direito; mais contribuição e mais tempo para aposentadoria. Para o andar de cima, mais receita financeira; mais impunidade; e mais corrupção. Na chamada DRU – Desvinculação das Receitas da União, Temer tem boca de leão, retira 30% do INSS para gastar não sabemos com quem. De Sarney a Temer, nenhuma proposta de redução para os gastos imorais e privilégios nos salários da classe dirigente nos três Poderes. O contribuinte brasileiro financia a “Democracia” mais cara do Mundo, além de aceitar pacificamente a corrupção.
A redemocratização trouxe esse mal e as Forças Armadas não tem missão de resgatar vítima dos buracos da irresponsabilidade de quem não sabe votar. Essa ideia de salvação da Pátria, nas mãos dos militares não existe nas Forças Armadas. A salvação está no título do eleitor. Porém, a permanecer terra desgovernada, uma estrela pode voltar a iluminar o caminho da chegada a porto seguro. A desordem estimula!

Hélder Cordeiro
Jornalista

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