quinta-feira, 28 de maio de 2015

Nós, que pagamos tantos impostos
Nós, que pagamos tantos impostos
Neste domingo, 31 de maio, todos os trabalhadores brasileiros vão concluir o período de labuta anual exclusivamente para o pagamento de impostos. Isso mesmo. Foram 151 dias destinados ao sustento da máquina estatal, nos dando a sensação de que não passamos de bobos da Corte de Brasília. Assim, a partir desta segunda-feira, 1º de junho, você poderá trabalhar para seu próprio sustento e o de sua família, sem a retribuição desejada em áreas básicas, como saúde, educação e segurança. Isso é incrível e parece que só acontece no Brasil, que continua sendo um dos campeões de impostos no mundo.
Vou repetir: foram 151 dias consumidos apenas no pagamento da gastança da máquina federal. Sobram 214 dias para sobrevivermos neste país onde o impostômetro escancara a desfaçatez. O mais incrível é que essa situação tão ruim ainda pode piorar, já que o ministro Joaquim Levy aumentou a carga tributária bem nos moldes europeus, sempre retribuída com serviços de qualidade tão miserável quanto em países da explorada África. E ele, esse Levy, ainda pensa em mais aumento de impostos, como a assoprar que está se lixando para a patuleia, favorecendo a gandaia nacional.
Daqui da cidade de Rio Grande, muitos fazem caravanas em direção ao Chuí, para aproveitar os preços camaradas oferecidos no comércio do Uruguai. Saem ônibus lotados, inclusive de Pelotas e cidades vizinhas, nos finais de semana. O mesmo ocorre nas cidades da fronteira, em direção a Rivera. Vale tudo para escapar dos impostos escorchantes embutidos nos produtos vendidos no Brasil, geralmente pelo dobro do preço no país vizinho. No Chuí, há carros com placas de muitos lugares, inclusive distantes, a dizer que o panorama anda de mal a pior. E o Levy ainda acha que é pouco.
Entro no Google para saber que, neste ano, o Impostômetro, instalado em São Paulo, deverá ultrapassar a marca de R$ 2 trilhões de tributos arrecadados aos cofres públicos. Essa ferramenta, ao longo da última década, cumpriu seu papel de conscientizar a população brasileira sobre os tributos que paga. Inaugurado em 2005, o Impostômetro veio com o objetivo de informar sobre a arrecadação tributária, uma vez que cerca de 80% da população desconhecia que pagava impostos.
Hoje, quase 90% dos cidadãos têm a consciência de que, desde o contribuinte mais abastado até a criança que recebe a sua primeira mesada, recolhem tributos para o governo. Numa nova etapa, será lançada a campanha “Cadê o Retorno”, que incentivará os contribuintes a se manifestarem, com auxílio das mídias sociais, sobre a qualidade dos serviços públicos, inclusive na sua cidade.
Portanto, fique de olho e saiba reclamar. Os fazedores de impostos encastelados em Brasília temem os inconformados, que na próxima segunda-feira, no rumo do trabalho, estarão mais indignados.

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