Após receber uma solicitação de 52 municípios de licitações no valor total de 11 milhões, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) divulgou uma lista preliminar de 44 cidades que desejariam fazer o Carnaval. Dentre os 44 municípios notificados pelo TCM, 23 fizeram licitações com valores estipulados.
Após algumas movimentações da justiça e recomendações do Ministério Público (MP), várias cidades decidiram não fazer mais suas festas de Carnaval. Mas quais cidades são essas? A Associação dos Municípios do estado do Ceará (Aprece) sabe, mas não divulga.
“Nós temos a relação de tanto das cidades que vão fazer o Carnaval, quanto daquelas que não vão realizá-lo, mas não podemos passar nenhum tipo de informação além de números”. Essas foram as palavras de Expedito do Nascimento, presidente em exercício da Aprece.
Horas depois do contato, o Tribuna do Ceará solicitou novamente à assessoria os nomes dos municípios, mas a Aprece informa apenas dados quantitativos: “Dos 184 municípios do Ceará, 17 não são filiados, portanto, não foi feito contato. Dos 167 associados à Aprece, conseguimos informações de 156 municípios, dos quais 59 irão realizar festividades carnavalescas, cinco irão realizar outros tipos de eventos (festa do município, atividades para idosos, etc), e 86 não irão fazer Carnaval; e ainda seis ainda estão indecisos”.
Cruzando os dados e informações repassadas anteriormente, tanto por Ministério Público, quanto por TCM e as notas oficiais das próprias prefeituras, o Tribuna do Ceará chegou a um total de 20 cidades que irão fazer suas festas de Carnaval, e outros 40 municípios não.
Orçado em R$ 400 mil, Santa Quitéria teve o Carnaval cancelado por obrigação da Justiça, que também bloqueou as contas da cidade de Morada Nova. Por “recomendação do Ministério Público”, cancelaram seu carnaval as cidades de Jaguaretama (orçado em R$ 63,4 mil), Senador Pompeu (orçado em R$ 284 mil), Milhã, Icapuí e Solonópole. As cidades de Maranguape, Juazeiro do Norte, Aurora, Baixio, Farias Brito, Groaíras, Hidrolândia, Coreaú, Crateús e Palmácia não emitiram justificativa para a desistência. Itapajé cancelou por falta de estrutura policial, Quixadá cancelou o patrocínio das principais atrações e o prefeito de Umirim promete investir os dinheiro em ações no combate à seca. E Caucaia não promoverá os festejos por falta de praia.