quinta-feira, 24 de maio de 2012

Blog "Gente de Mídia"

RÁDIO. Para quem tem ouvidos de ouvir

É incrível como ainda tem profissional de rádio que, para conseguir manter patrocínio em seus horários, se vê obrigado a se derreter todinho em elogios aos clientes como se fosse um favor a difusão da própria mensagem. Há os que colocam a voz do dono da peça publicitária na programação, os que citam os nomes em meio aos anúncios e aqueles que não podem passar um só dia sem elogiar e mandar um alô aos patrocinadores.
Imagem: William Tordu
Na verdade, parece faltar a esses radialistas compreensão e bom senso de entender que essa é uma relação comercial, num processo de troca e venda entre duas partes, onde cada uma tem o seu valor específico. O dono ganha anunciando; o rádio tem seu valor como anunciante.  
A explicação que encontro para essa deformação, talvez esteja na herança cultural colonialista que não larga o nosso pé. Sempre achamos que a oferta de um serviço nosso, quando reconhecida nesse jogo de troca da mídia radiofônica, seja 'coisa de outro mundo'. Como se anunciar num horário fosse algo extraordinário e, por isso mesmo, todo essa clara demonstração de submissão. 
O patrocinador é importante. Importantíssimo. Mas o rádio também o é. E quando não se tem esse entendimento, tiramos o seu valor. É preciso impor respeito a ele e acabar com essa intimidação que só revela tibieza de quem assim age, além de provocar demérito para o próprio veículo.

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